“Haja Luz!” – O Mistério da Luz antes do Sol
A criação da luz antes dos luminares sempre foi um dos temas mais intrigantes do livro de Gênesis (Bereshit, בְּרֵאשִׁית). No primeiro capítulo da Torá, lemos:
“E disse Deus: Haja luz; e houve luz.” (Gênesis 1:3)
Mas como pode haver luz sem sol, lua ou estrelas? O que significa essa luz que antecede os luminares criados no quarto dia? 🤔
Para entender melhor, exploraremos esse mistério através do hebraico bíblico, da Septuaginta, do aramaico, da filosofia clássica, da linguística e da psicologia da aprendizagem, revelando a profundidade desse texto sagrado.
🔠 O Hebraico Bíblico e o Significado de “Haja Luz”
A frase hebraica para “Haja luz” é:
יְהִי אוֹר (Yehi Or)
A palavra יְהִי (Yehi) é uma conjugação do verbo הָיָה (hayah), que pode significar “ser, estar, vir a ser, tornar-se, aparecer”.
📌 Curiosidade: Esse verbo está no modo jussivo, que expressa uma ordem ou desejo em relação à terceira pessoa. Assim, o significado pode ser:
✔️ “Que a luz venha a ser!”
✔️ “Que a luz apareça!”
Isso nos leva a uma nova interpretação: a luz não foi criada nesse momento, mas revelada!
🕯️ Essa luz já existia antes da criação dos luminares.
🏛️ Filosofia Grega: O Logos e a Luz
Na filosofia grega, especialmente em Platão e Heráclito, a luz representa a razão divina, a inteligência suprema que dá ordem ao caos.
🔹 Heráclito → O Logos como princípio organizador do cosmos.
🔹 Platão → A luz é a verdade que ilumina o intelecto, contrastando com as sombras da ignorância.
📖 O Evangelho de João se alinha com essa visão:
“Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo homem que vem ao mundo.” (João 1:9)
Essa Luz Primordial não é uma simples luz física, mas uma manifestação da própria essência de Deus!
🕎 A Luz nos Textos Judaicos: O Targum e a Menra
Na tradição judaica, os Targumim (traduções aramaicas do AT) trazem insights fascinantes.
🕊️ O Targum Neofiti traduz Gênesis 1:3 assim:
“E disse a Palavra de Deus (Menra): Apareça a luz; e a luz apareceu conforme o decreto da Palavra de Deus.”
Aqui vemos a Palavra de Deus (Menra) como agente da criação!
📌 No Novo Testamento, João usa o termo grego correspondente: “Logos”.
“No princípio era o Verbo (Logos), e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1)
A tradição judaica já via na Palavra (Davar, Memra, Logos) a revelação da Luz Divina.
🎭 Paralelismo Poético: Luz e Trevas
O hebraico bíblico frequentemente utiliza paralelismo poético para reforçar significados.
📜 Gênesis 1:4 nos diz:
“E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.”
Aqui temos um paralelismo antitético, contrastando luz e trevas.
💡 No hebraico, חֹשֶךְ (choshech, “trevas”) pode significar escuridão literal, mas também ocultação, mistério.
📌 A luz divina sempre existiu, mas estava oculta. Gênesis 1:3 revela sua manifestação!
🧠 Psicologia da Aprendizagem: A Luz como Iluminação do Entendimento
Na psicologia da educação, a Gestalt nos ensina que o aprendizado ocorre por organização de padrões.
📚 Analogias com a Criação:
✔️ Antes da luz, havia o “vazio”. → Como um aluno antes de aprender algo novo.
✔️ A luz traz ordem ao caos. → O aprendizado organiza o conhecimento.
✔️ O conhecimento oculto é revelado. → Assim como a luz surge na criação!
📖 Isso se encaixa perfeitamente com a teologia bíblica:
“O mistério que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo.” (Efésios 3:9)
Deus progressivamente ilumina nosso entendimento, assim como fez com o mundo.
🔥 Conclusão: A Luz que Nunca Se Apaga
A luz mencionada em Gênesis 1:3 não é física, mas espiritual.
📜 Em Apocalipse 22:5, lemos:
“Ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina.”
A luz criada no princípio é a própria glória de Deus, e ela permanece para sempre!
🙌 Que essa Luz Verdadeira brilhe sobre nós, dissipando as trevas do entendimento e revelando a plenitude da Verdade!
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