Os Judeus Não Mataram Jesus: A Verdade Que Muitos Não Querem Entender

Os Judeus Não Mataram Jesus: A Verdade Que Muitos Não Querem Entender

A crucificação de Jesus é um dos eventos mais debatidos da história, mas um equívoco persiste há séculos: a acusação de que “os judeus” foram responsáveis por sua morte. Essa afirmação não apenas ignora os fatos históricos, mas também desconsidera a complexidade do contexto político e religioso da época.

Na realidade, a maioria do povo judeu não participou da condenação de Jesus, e os sacerdotes que o julgaram não eram legítimos representantes do povo. Vamos analisar os fatos com base nas Escrituras, na história e na arqueologia.

1. Os Sacerdotes do Segundo Templo: Eram Legítimos?

Segundo a Torá, apenas os descendentes de Arão podiam exercer o sacerdócio (Êxodo 28:1), mas no período do Segundo Templo, essa regra foi corrompida por interesses políticos.

“Então farás chegar a Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me servirem como sacerdotes: Arão, e Nadabe, e Abiú, e Eleazar, e Itamar, filhos de Arão.” (Êxodo 28:1)

📌 O cargo de Sumo Sacerdote virou uma posição política, controlada por Roma e pela elite judaica colaboracionista. Herodes e os governadores romanos nomeavam e removiam sumos sacerdotes à vontade.

📌 As famílias sacerdotais dominantes, como a de Anás e Caifás, não eram reconhecidas como legítimas por vários grupos judeus. Os essênios, por exemplo, rejeitavam o Templo de Jerusalém, chamando seus sacerdotes de corruptos (Manuscritos do Mar Morto).

📌 João Batista, filho de um sacerdote legítimo, viveu no deserto, pregando um batismo de arrependimento, o que pode ser visto como um protesto contra o sistema sacerdotal corrompido de Jerusalém.

“Houve nos dias de Herodes, rei da Judeia, um sacerdote chamado Zacarias, da ordem de Abias; e sua mulher era das filhas de Arão, e seu nome era Isabel.” (Lucas 1:5)

✡️ Conclusão : Os líderes religiosos que conspiraram contra Jesus não representavam o povo judeu como um todo, mas sim uma elite política comprometida com Roma.

2. O Povo Judeu Aceitou ou Rejeitou Jesus?

Muitos argumentam que os judeus rejeitaram Jesus, mas as Escrituras mostram um quadro bem diferente.

📖 Recepção Triunfal em Jerusalém

🔹 Mateus 21:1-11 descreve a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, quando a multidão o recebeu como Messias, gritando “Hosana ao Filho de Davi!”.

“E a multidão, tanto os que iam adiante dele como os que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” (Mateus 21:9)

📖 A Tentativa de Torná-lo Rei

🔹 Em João 6:15, após a multiplicação dos pães e peixes, o povo tentou fazer de Jesus seu rei, mas Ele se retirou, pois sua missão não era política.

“Sabendo, pois, Jesus que viriam arrebatá-lo para o fazerem rei, tornou a retirar-se, sozinho, para o monte.” (João 6:15)

📖 A Popularidade Entre os Judeus

🔹 Marcos 11:18 mostra que os líderes do Templo temiam Jesus, pois o povo estava do lado dele.

“E os principais dos sacerdotes e os escribas, ouvindo isso, procuravam um modo de o matar, porque o temiam, visto que toda a multidão estava maravilhada da sua doutrina.” (Marcos 11:18)

🔹 Lucas 19:47-48 diz que os sacerdotes queriam prendê-lo, mas não podiam, pois o povo o apoiava.

“E todos os dias ensinava no templo, mas os principais dos sacerdotes, os escribas e os principais do povo procuravam matá-lo, e não achavam meio de o fazer, porque todo o povo estava atento a ouvir.” (Lucas 19:47-48)

✡️ Conclusão : O povo judeu, de modo geral, não rejeitou Jesus. Pelo contrário, multidões o seguiam e o reconheciam como Messias.

3. Quem Realmente Gritou “Crucifica-o”?

Um dos argumentos mais usados para culpar os judeus é que a “multidão” pediu a crucificação de Jesus. Mas será que era a mesma multidão que o aclamou dias antes?

📖 A Entrada Triunfal (Domingo de Ramos)

🔹 A multidão que recebeu Jesus era composta por peregrinos galileus, pobres e discípulos. Eles estavam fora dos muros de Jerusalém.

“E trouxeram o jumentinho a Jesus, e lançaram sobre ele as suas vestes, e assentou-se sobre ele. E muitos estendiam as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos das árvores e os espalhavam pelo caminho.” (Marcos 11:7-8)

📖 O Julgamento de Jesus

🔹 A cena muda drasticamente. Agora estamos no Pretório Romano, sede do governador Pôncio Pilatos.

🔹 Quem estava lá? Apenas um grupo manipulado pelos sacerdotes (Mateus 27:20).

“E os principais dos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus.” (Mateus 27:20)

🔹 Os peregrinos galileus não estavam presentes, pois a cidade estava lotada para a Páscoa, e o julgamento ocorreu de madrugada.

📖 A Pressão da Elite Religiosa

🔹 João 18:28 mostra que os próprios líderes judeus evitaram entrar no Pretório para não se contaminarem, indicando que o julgamento foi um evento interno, sem participação popular.

“Então levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório; era de manhã cedo, e eles não entraram no pretório, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.” (João 18:28)

🔹 Atos 3:17: O próprio apóstolo Pedro diz que o povo judeu agiu por ignorância, deixando claro que não houve uma rejeição nacional.

“Agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes.” (Atos 3:17)

✡️ Conclusão : Não foram “os judeus” que gritaram “Crucifica-o”, mas sim um grupo controlado pela elite sacerdotal corrupta.

4. O Papel de Roma: Quem Tinha o Poder de Executar?

📖 O Julgamento Romano

🔹 Os judeus não tinham autoridade para aplicar a pena de morte (João 18:31).

“Disseram-lhe, pois, Pilatos: Tomai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma.” (João 18:31)

🔹 Somente Pôncio Pilatos, governador romano, poderia condenar alguém à crucificação.

📖 A Crucificação Era um Método Romano

“E os soldados do governador levaram Jesus ao pretório, reuniram junto dele toda a coorte.” (Mateus 27:27)

🔹 Os soldados romanos foram os responsáveis por prender, torturar e crucificar Jesus.

🔹 A crucificação era um castigo exclusivamente romano, usado para punir rebeldes.

📖 O Envolvimento de Roma

🔹 Atos 4:27 resume bem: “Herodes, Pôncio Pilatos, os gentios e o povo de Israel se ajuntaram contra Jesus.” Note que Roma é mencionada antes do povo judeu.

✡️ Conclusão : A decisão final e a execução de Jesus foram romanas. Os sacerdotes o entregaram, mas quem o matou foi o Império Romano.

5. As Consequências da Falsa Acusação Contra os Judeus

Infelizmente, a ideia de que “os judeus mataram Jesus” foi usada ao longo da história para justificar perseguições, expulsões e até genocídios.

⚠️ Durante séculos, essa mentira foi pregada por grupos que ignoravam a complexidade dos eventos históricos.

⚠️ No século XX, regimes antissemitas usaram essa acusação para alimentar ódio contra os judeus.

📖 Mas a Bíblia ensina outra coisa: Jesus morreu pelos pecados de toda a humanidade, não apenas por um grupo específico (João 3:16; Romanos 3:23-25).

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3:23-24)

✡️ Conclusão : Culpar os judeus pela morte de Jesus não apenas é errado historicamente, mas contradiz a mensagem do Evangelho.

Conclusão: A Verdade Que Muitos Não Querem Entender

  • ✔️ Os sacerdotes que conspiraram contra Jesus eram corruptos e não representavam todo o povo judeu.
  • ✔️ O povo judeu, na maior parte, apoiava Jesus e não participou do julgamento.
  • ✔️ A multidão no Pretório era pequena e manipulada pelos líderes religiosos.
  • ✔️ Quem tinha autoridade para crucificar era Roma, e foram os romanos que executaram Jesus.
  • ✔️ Jesus morreu para salvar toda a humanidade, e não para condenar um grupo específico.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” (Romanos 3:23-24)

A verdade é que não foram “os judeus” que mataram Jesus, mas sim um pequeno grupo de líderes religiosos corruptos, em conluio com o Império Romano.

🕊️ Em vez de espalhar ódio baseado em falsos argumentos, devemos focar na verdadeira mensagem do Evangelho: o sacrifício de Cristo foi um ato de amor, não de culpa coletiva.

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Sobre o autor | Website

Israel Silva é apaixonado por hebraico, Torá e Judaísmo. É também autor de diversas mensagens e estudos bíblicos, professor graduado em Letras, leciona hebraico bíblico para estudantes, pastores e teólogos. Cursou o contexto judaico do Novo Testamento, Geografia da terra de Israel. É especialista em estudos da Bíblia Hebraica pelo Israel Instituto de Estudos Bíblicos.

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2 Comentários

  1. Edilson disse:

    Esclarecedor seu estudo. Pelo que eu entendi, aqueles israelitas a quem Pedro pregou lá no templo, e também no dia de pentecostes, foram um pequeno grupo de judeus escolhidos pelos lideres religiosos políticos e pelos sacerdotes corruptos da era cristã. “O Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, a quem vocês traíram e negaram diante de Pilatos, quando este já havia decidido soltá-lo.” Atos 3:13. “Israelitas, escutem o que vou dizer:… a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus.” Atos 2:22,23.

    • Israel Silva disse:

      Exatamente. O Apóstolo Pedro dirigiu as suas palavras a esse grupo que dizia: ” E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.” Atos 2:13, um grupo que participou do evento da crucificação de Jesus. Veja que o livro de Atos dos Apóstolos apresenta dois grupos, o primeiro está cheio do Espírito de Deus, o segundo zomba. O texto é claro, não foram todos os judeus que pediram a morte de Jesus, na verdade foi uma minoria controlada pelos sacerdotes corruptos do Templo.